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    [23/01/12]
    Empresa contrata detetive para investigar funcionário

    Funcionários em litígio trabalhista, suspeitos de roubar dados ou bens e profissionais sondados para ingressar em uma nova companhia são potenciais investigados por detetives particulares contratados por empregadores.

    Segundo empresas de detetive ouvidas pela Folha, esse é um mercado menos importante que o das investigações conjugais, mas tem crescido.

    O dono da agência Líder, Fabrício Dias, 32, diz atender, em média, a quatro companhias em busca de informações sobre empregados por mês.

    Uma delas é um restaurante. O proprietário, A.G., 38, afirma ter percebido que a quantidade de peixe consumida no estabelecimento não batia com as vendas. As suspeitas se acentuaram quando um dos trabalhadores fez uma denúncia.

    "Colocamos uma câmera escondida dentro do estoque, e um funcionário estava desviando o material", conta.

    Além disso, os investigadores seguiram o empregado a Sorocaba (a 102 km de São Paulo), onde o peixe era vendido a um mercado.

    A solução encontrada pelo dono do restaurante foi fazer um acordo para que o funcionário pedisse demissão.

    O serviço saiu por R$ 12 mil, mais do que o comerciante gastaria se demitisse o empregado -cerca de R$ 5.000.

    Dinheiro não é o único fator considerado, afirmam detetives. Há temor em relação ao dano de não punir funcionário que desvia bens ou recebe indenização na Justiça.

    Para o dono da agência de detetives Activa, que preferiu não se identificar, quando um empregado vence um processo de afastamento por doença de trabalho sem estar incapacitado, abre precedente para outros fazerem o mesmo.

    Dias conta que também há casos em que o problema de saúde do funcionário é constatado. "Não somos contratados para escrever o relatório que o cliente quer, mas o que encontramos de fato."

    Juízes divergem na aceitação de provas

    Vídeos e fotos têm sido usados por empresas contra funcionários na Justiça do Trabalho. Compete ao juiz determinar se aceita ou não as provas obtidas sem consentimento do funcionário.

    Bom senso costuma nortear a avaliação, diz a desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo Regina Duarte.

    "Não é mais possível ficar só nos tipos clássicos de prova, com a testemunha falando se viu ou não", avalia.

    Outro fator é a orientação do magistrado. "Não cabe à empresa contratar investigadores particulares para irem até a residência de funcionários devastar a intimidade e a vida privada dessas pessoas", afirma a juíza Sueli Tomé da Ponte, de São Paulo, em sentença de 2010.

    O processo havia sido movido por um funcionário demitido por justa causa após ter sido investigado por detetives. Na ação, o ex-empregado pleiteava indenização por danos morais.

    DESMASCARADO

    Fora dos tribunais, as gravações são usadas pelos advogados para forçar a outra parte a chegar a um acordo.

    Em um dos casos da agência Activa, representantes de uma empresa pediram aos detetives para investigar um ex-funcionário que pedia indenização por ter ficado incapacitado para o trabalho.

    Um detetive se fez passar por vendedor de plano de saúde. Com um braço enfaixado, ele bateu na porta da casa do profissional.

    Durante a despedida, o agente pediu auxílio para trocar o pneu de seu carro, e foi atendido.

    "Gravamos um vídeo do investigado, que, teoricamente, não poderia sair da cama, trocando um pneu", conta o proprietário da agência de detetives, que prefere não se identificar.

    Todas as imagens obtidas foram entregues para o advogado da companhia.

    Antes da audiência, no corredor do tribunal da Justiça do Trabalho, o representante da empresa se reuniu com o do profissional e mostrou as cenas em seu celular.

    A manobra da companhia surtiu efeito. As partes chegaram a um acordo, sem necessidade de julgamento.

    Projeto de lei prevê criação de conselho

    O projeto de lei nº 1.211, que tramita na Câmara, determina a regulamentação da atividade de detetive particular, com a criação de um conselho federal para definir regras de atuação do profissional. Descrita na Classificação Brasileira de Ocupações, ela não tem estabelecida por lei formação e atribuições, por exemplo.

    Profissional julga-se humilhado

    Duas palavras são usadas para descrever a sensação de ser investigado pela empresa: temor e humilhação.

    Erivaldo Lima, 42, define como revoltante a audiência na Justiça na qual descobriu que havia sido investigado pela Ultragaz, companhia em que trabalhou.

    Afastado por problemas de saúde -ele não tem movimento no pulso esquerdo-, foi demitido por justa causa sob a alegação de que tinha outra ocupação. Como prova, a companhia apresentou uma testemunha: um detetive.

    Ele afirmou que Lima trabalhava em casa, em um comércio de bujões de gás. "Não moro lá desde 2004", rebate o ex-funcionário, acrescentando que a venda pertence à sua ex-mulher.

    Condenada a pagar 20 salários mínimos por danos morais, a Ultragaz deve recorrer.

    Douglas Giovanninni, gerente da empresa, diz que a investigação "é única opção nesses casos".

    Para Lima, a atitude é uma invasão e um absurdo.

    A especialista em comércio exterior Catia Callagher, 41, considera a experiência de sentir-se vigiada aterradora.

    Em seu último emprego, diz ter visto a troca de e-mails entre um diretor e seu chefe, que pedia para contratar um investigador. Para Callagher, era dela que falavam.

    "Não posso provar que um detetive me seguiu. Mas essa ideia me aterrorizou." Ela trocou de carro com o marido, mudou de telefone e, ao sair, processou a empresa.

    O advogado da companhia Ruben Viegas diz que as mensagens eram de natureza familiar. A Justiça considerou impossível relacionar os e-mails à profissional.

    O detetive Marco Aurélio de Souza, 46, afirma não considerar o monitoramento ruim para o investigado. "[O funcionário que não fez nada de errado] vai sentir-se até bem, porque a palavra dele foi comprovada", diz.

    À ESPREITA

    O soldador Paulo Pereira, 42, de Itajaí (a 95 km de Florianópolis), no entanto, diz sentir-se humilhado.

    Em janeiro de 2011, foi perseguido por um homem no seu bairro. A polícia descobriu que era um detetive.

    O advogado do soldador, Renato Felipe de Souza, conta que, ao ser detido, o investigador disse aos policiais que estava a serviço do estaleiro do qual Pereira estava afastado por doença ocupacional.

    Na audiência, o detetive invocou a confidência entre cliente e prestador de serviço para não revelar nomes. O juiz entendeu que o estaleiro era o contratante e deu ganho de causa a Pereira.

    Profissionais de TI e engenheiros são mais visados

    Apesar de o mercado ainda ser restrito, há espaço principalmente para engenheiros e cientistas da computação, afirmam os professores Alexandre Direne, do Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná, e Fabio Gagliardi Cozman, da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo).

    Outras áreas também têm chance. Que o diga Martílio Bueno, 47, que pegou carona no crescimento do segmento há 11 anos.

    Formado em ciências aeronáuticas e em marketing, Bueno deixou o cargo de gerente de uma grande companhia para abrir uma empresa que desenvolve plataformas digitais com inteligência artificial.

    "Minha primeira formação me deu embasamento de raciocínio lógico para isso", afirma Bueno. Para efetivar a migração de áreas, o profissional fez especialização em tecnologia da informação.

    FELIPE GUTIERREZ
    DE SÃO PAULO

    Fonte: FOLHA DE S. PAULO - EMPREGOS - 22.1.12


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